domingo, 6 de março de 2011

Rua Augusta dos Anjos

Sem o sol
Centenas de olhos aos pares
Dispostos, sabem quanto custa
Vagam procurando imprecisos
Noutro par a própria visão

Refletidos, rutilantes
De pupilas dilatadas
Por pupilas diletantes
De músicas respiradas
Por eventuais amantes

Sensual
Anjos seduzem mortais
Para o céu da baixa Augusta
Que não cruza o Paraíso
Tampouco a Consolação

Um comentário:

  1. Engraçado como só quem já passou por lá sabe o quão real é tudo isso.
    Ler isso é como ver de perto toda essa abstrata realidade.
    Muito legal, mesmo.

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