terça-feira, 8 de março de 2011

Rua Augusta dos Anjos (Versão de Mosiah J. S. Matos)

Tão nobre de nome e vestes
quase na Europa esquece
de teus carros e elegância vendidos.

Augusta, Augusta! És luxuosa...
Vitrine de vestidos raros vários,
admiração constante após meio-dia.
- Por ti passo, Augusta.

Do seu alto, vejo sua alegria.
Movimentos rápidos, oscilantes.
Andares de passante palpitante
com gritos de buzina, fugitiva.

Os perdidos ondulantes de copos
As púpilas dilatadas em vitrines
Os loucos diletantes delirantes
barganham os mercadores de prazeres e perfumes.

Angústia, Augusta! São tuas filhas
que olham o vestido no vidro e nelas
se despindo. Augusta, Angústia.
Morbidez voluptuosa no fim.

Teu caminho é sem Angélica.
Tu não cruzas as ruas da Consolação
E muito menos do Paraíso, Augusta.

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