domingo, 17 de outubro de 2010

Quatro Cantos



Use e abuse da sua voz
Solte ela entro nós
Para ensurdecer seu pranto
Libertando-se do espanto
De ouvir sua própria voz

Quando a sós, você canta
Segurando na garganta
Poesia e canção
Dentro do seu peito, um samba
E se junta a uma rede
Que sai do seu coração

Use e abuse da sua voz
Solte ela entro nós
Para ensurdecer seu pranto
Libertando-se do espanto
De ouvir sua própria voz

Num canto da sua mente
Há um canto em dó maior
Pronto para despertar
Falando suavemente
Nunca é o tempo do quando
O som dominando o ar

E o som ao ver o sol
Sente sono e sonha então
Como encantamento some
Em silêncio, mudo e são

Use e abuse da sua voz
Solte ela entro nós
Para ensurdecer seu pranto
Libertando-se do espanto
De ouvir sua própria voz

Use e abuse da sua voz
Solte ela entro nós
Para ensurdecer seu pranto
Libertando-se do espanto
De ouvir sua própria voz

domingo, 3 de outubro de 2010

Desencadeiamento



Anos de chumbo na minha cadeira
Que já não vão voltar
Música ao fundo embala a caveira
Morta ao som do olhar
Silencioso, de adeus, nunca mais
Sem mais viver, sem mais sonhar
Anos de chumbo, lembranças distantes
Salgadas pelo mar

Um rosto assim disforme
Pelo tempo, pelo jantar
Macabro da natureza
Faz da vida um jogo de azar
Mas a distância, se é verdadeira
Mais verdade é o amar
Senhora caveira traga a mesa de chumbo
Pro meu amor jantar

Dizem os chumbos da minha cadeia
Que já não vou voltar
Música ao fundo da minha cabeça
Vendo a morte dançar
Silencioso, a Deus vou atrás
Com mais viver, com mais sonhar
Angustia ao mundo, lembranças de antes
Lavadas pelo mar

Um rosto então disforme
Agora perto do seu par
Ofusca tanta beleza
Faz o chumbo se transformar
Já não há cela, já não há cadeira
Nem mesa, nem jantar
Mande ao mundo lembranças de antes
E a alma a acenar

Desencadeiamento



Anos de chumbo na minha cadeira
Que já não vão voltar
Música ao fundo embala a caveira
Morta ao som do olhar
Silencioso, de adeus, nunca mais
Sem mais viver, sem mais sonhar
Anos de chumbo, lembranças distantes
Salgadas pelo mar

Um rosto assim disforme
Pelo tempo, pelo jantar
Macabro da natureza
Faz da vida um jogo de azar
Mas a distância, se é verdadeira
Mais verdade é o amar
Senhora caveira traga a mesa de chumbo
Pro meu amor jantar

Dizem os chumbos da minha cadeia
Que já não vou voltar
Música ao fundo da minha cabeça
Vendo a morte dançar
Silencioso, a Deus vou atrás
Com mais viver, com mais sonhar
Angustia ao mundo, lembranças de antes
Lavadas pelo mar

Um rosto então disforme
Agora perto do seu par
Ofusca tanta beleza
Faz o chumbo se transformar
Já não há cela, já não há cadeira
Nem mesa, nem jantar
Mande ao mundo lembranças de antes
E a alma a acenar