Não se remoa, rapaz.
Não roa os restos de unhas.
A raiz de seus rancores
Remonta velhos pudores.
Valores truncam canções.
Moral, mortalha maior,
Que amarra junto com o metro
E estraga o traço escritor.
Esplêndida é a manhã de amanhã.
Estende sua luz a nós.
Espelhos de sons e sonhos
Espalham insanas sementes sãs.
Passado, pensado, passou pesado pelo poço posto no pasto onde pasto a cada dia.
Com ele me aceito e assumo o sábio semblante convicto da safadeza humana. Que bom. Amém.
domingo, 18 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
amor humilde
fatigado da existência
de uma cólera pulsante
que me faz pensante
e me fere a alma
só com coisas que concordo
e abomino.
e que fere a consciência
desse aprendiz de errante.
então procuro minha calma
mas sou desorganizado,
ansioso, perturbado
e menino.
só que tenho paciência
já conheço meu amor
sei que é domesticado,
mal-amado, conturbado,
também sei que é como eu,
pequenino.
de uma cólera pulsante
que me faz pensante
e me fere a alma
só com coisas que concordo
e abomino.
e que fere a consciência
desse aprendiz de errante.
então procuro minha calma
mas sou desorganizado,
ansioso, perturbado
e menino.
só que tenho paciência
já conheço meu amor
sei que é domesticado,
mal-amado, conturbado,
também sei que é como eu,
pequenino.
domingo, 11 de julho de 2010
Escrito em 26/03/2007
Talvez queira estar ao meu lado
Ainda saiba que eu te espero
Também veja, não sou um Homero
Antes fosse, sou apaixonado
Vem do peito um fogo incontrolável
Outra maneira de me consumir
Como consome, tenho que assumir
Esta tristeza ainda palatável
Agora, será que não vale a pena
Mudar e aceitar o namoro
Assim nos permitindo o amar?
Não me abandone então, pequena
Eu sofrerei, mas não quero choro
Lagrimas não me fazem te tocar.
Ainda saiba que eu te espero
Também veja, não sou um Homero
Antes fosse, sou apaixonado
Vem do peito um fogo incontrolável
Outra maneira de me consumir
Como consome, tenho que assumir
Esta tristeza ainda palatável
Agora, será que não vale a pena
Mudar e aceitar o namoro
Assim nos permitindo o amar?
Não me abandone então, pequena
Eu sofrerei, mas não quero choro
Lagrimas não me fazem te tocar.
Meu HD queimou
De fato as fotos se foram.
As frases, efeitos já feitos,
Fugiram, fez-se fragmentos.
Feições fadadas ao afastamento,
Fazendo o fim de uma fase feliz.
Formatação falha,
Fica o afeto
(27/07/2007)
As frases, efeitos já feitos,
Fugiram, fez-se fragmentos.
Feições fadadas ao afastamento,
Fazendo o fim de uma fase feliz.
Formatação falha,
Fica o afeto
(27/07/2007)
sábado, 10 de julho de 2010
Dos sonhos que não se tocam
Estou aqui debilitado.
E só penso em, talvez,
em um dia entendiado
te deitar na minha cama
e não falar de amor,
e não pensar em nós.
Estando feliz e aflito
observarei de longe
Os dois.
E o infinito.
E só penso em, talvez,
em um dia entendiado
te deitar na minha cama
e não falar de amor,
e não pensar em nós.
Estando feliz e aflito
observarei de longe
Os dois.
E o infinito.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Redondilha muito menor
A marca no dedo
Do tempo, do sol.
Os olhos vermelhos
Opacos, insones.
O peito esgotado
Repleto de som
Que quer escapar
Mas fica por medo.
As pernas que tremem
Sem forças, sem chão
As mãos que se afastam
A um palmo do adeus
Sorrisos guardados
Sem brilho, sem paz
Que querem escapar
Mas ficam, pois temem
A fé no futuro
É passado, perdida
A vida conjunta
Não vive então
E os beijos roubados
Transpirando amor
Já não vão se dar
De cima do muro
Do tempo, do sol.
Os olhos vermelhos
Opacos, insones.
O peito esgotado
Repleto de som
Que quer escapar
Mas fica por medo.
As pernas que tremem
Sem forças, sem chão
As mãos que se afastam
A um palmo do adeus
Sorrisos guardados
Sem brilho, sem paz
Que querem escapar
Mas ficam, pois temem
A fé no futuro
É passado, perdida
A vida conjunta
Não vive então
E os beijos roubados
Transpirando amor
Já não vão se dar
De cima do muro
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Soneto da Castidade
Tu és tão bela e dócil minha jovem
Que não poderia nunca propor
Pra me olhar como quem olha um homem
Pra ficar quieta e aprender amor
Esse punhal chama-se castidade
Que é afiado em seu hímen fechado
Fere-me o peito, e mata, e abate
Faz-me carrasco de sêmen guardado
Mas se tão pura e bela você é
Pode ser que seja sempre uma musa
Mas sem forças pra ser uma mulher
E agora, sem ti, perdido estou
Ou aceitará viver como quer
Ou aceitará sofrer por amor
Que não poderia nunca propor
Pra me olhar como quem olha um homem
Pra ficar quieta e aprender amor
Esse punhal chama-se castidade
Que é afiado em seu hímen fechado
Fere-me o peito, e mata, e abate
Faz-me carrasco de sêmen guardado
Mas se tão pura e bela você é
Pode ser que seja sempre uma musa
Mas sem forças pra ser uma mulher
E agora, sem ti, perdido estou
Ou aceitará viver como quer
Ou aceitará sofrer por amor
Casamento planejado
Todo mundo acha bonito
Que a paixão nasça sozinha
Precisa plantar, senão
Vai nascer erva daninha
Que a paixão nasça sozinha
Precisa plantar, senão
Vai nascer erva daninha
Tó caqui Dona Júlia!
Só eu sei que a dona Julia
Nada ama seu marido
Ela, quando ele sai,
Me dá o fruto proibido
Dona Julia muito arteira
É a mais rápida que vi
Sempre estou com água na boca
Quando fala ‘tó caqui!’
Dona Julia, quintadeira
Vou comer antes que perca
Enquanto ela está madura
Dá igual chuchu na cerca
Nada ama seu marido
Ela, quando ele sai,
Me dá o fruto proibido
Dona Julia muito arteira
É a mais rápida que vi
Sempre estou com água na boca
Quando fala ‘tó caqui!’
Dona Julia, quintadeira
Vou comer antes que perca
Enquanto ela está madura
Dá igual chuchu na cerca
domingo, 4 de julho de 2010
Ensaio sobre Ela
As inteligentes me assustam
As bobas me infernizam
As bonitas me afastam
As feias me repelem
As legais são amigas
As doces são tão raras
As fúteis não me querem
As fáceis não me agradam
As difíceis eu conquisto
As alegres, observo
As tristes, homenageio
As fortes; tenho medo
As fracas; tenho nojo
As lindas não são elas
As excitantes; misteriosas
As chatas são perfeitas
As bobas me infernizam
As bonitas me afastam
As feias me repelem
As legais são amigas
As doces são tão raras
As fúteis não me querem
As fáceis não me agradam
As difíceis eu conquisto
As alegres, observo
As tristes, homenageio
As fortes; tenho medo
As fracas; tenho nojo
As lindas não são elas
As excitantes; misteriosas
As chatas são perfeitas
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